A canção "Sabor de Mel" impulsionou significativamente sua carreira, mas ela não vive só de sucessos do passado. A cantora Damares tem colhido frutos de quase 20 anos de carreira e, como ela mesma frisou, da decisão de colocar Deus acima de todas as coisas em seus trabalhos.
Em entrevista ao site Guiame, Damares falou francamente sobre o sucesso do seu mais recente trabalho pela Sony Music, "O Maior Troféu", o processo de escolha de seus repertórios, as conquistas que a música pentecostal tem alcançado nos últimos anos e também sobre críticas que surgem pelo caminho.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
O seu novo CD "O Maior Troféu" já ganhou Disco de Ouro, Disco de Platina e continua sendo sucesso de vendas. Quais pontos você poderia destacar como explicação para tanta repercussão positiva em relação ao seu trabalho? A gente coloca Deus em primeiro lugar. Em todo projeto que a gente entra, eu costumo colocar Deus em primeiro lugar, para que Ele tome conta e direcione tudo da forma que Ele quer e que Ele sonhou para mim / para aquele projeto. Eu acredito muito nisso: as coisas fluem porque Deus as projetou antes... já estava na agenda dEle. Depois vem a nossa dedicação. Deus faz a parte dEle, mas também tem aquilo que a gente precisa fazer. Sou muito dedicada em cada trabalho meu. Eu realmente me lanço de cabeça, faço com amor, zelo, dedicação. Sou muito perfeccionista e exigente comigo mesma. Nunca acho que está 100%. Sempre que vou gravar voz em um estúdio e ouço, depois penso: "Puxa! Eu podia ter melhorado aqui e ali".
A escolha do repertório é uma fase trabalhosa no início da produção de um CD. Como você administra este processo? Como foi feito neste álbum? Eu costumo gastar meses preparando o repertório. Para este CD "O Maior Troféu", por exemplo, eu fiquei um ano preparando repertório. Foram mais de 500 canções, composições vindas do Brasil todo. Mas eu tenho uma particularidade: quando eu gosto muito de uma canção, não decido imediatamente se vou gravar ou não. Eu oro muito antes, para que Deus fale ao meu coração em relação àquela canção. Os meus pais tammbém são referência para mim. Eles me ajudam muito! Me dão dicas, mostrando o que é interessante, o que merece a minha atenção. A minha família de forma geral se envolve muito. O meu irmão mais velho também me ajuda. Ele é fã e gosta muito me ajudar na escolha das músicas. A gravadora lógico participa de tudo isso. O Maurício [Soares] foi lá em casa com o Maestro e nós vimos muita coisa legal. Muita coisa linda também fica de fora, mas este repertório foi muito bem selecionado e foi aquilo que Deus colocou no meu coração para aquele momento. Tem o meu estilo pentecostal - que todo mundo já sabe - mas também tem uma pitada de coisas diferentes, como um sertanejo universitário ("Tô Na Estrada"), que ficou lindíssimo, tem também a participação do Thalles em "A Dracma e o Seu Dono". É um CD bem diferenciado. É o meu estilo, mas também ficou bem eclético, diversificado. Eu estou muito realizada com este álbum.
"O Maior Troféu" traz em seu repertório a música "A Dracma e o Seu Dono", que contou com a participação de Thalles Roberto. Como esta canção tem repercutido? Ele [Thalles] tem um estilo totalmente diferente do meu. Quando a gente divulgou que ele iria participar dessa canção do meu CD, muita gente duvidou ou criticou, dizendo que os nossos estilos - meu e do Thalles - não têm nada a ver um com o outro. Mas depois que ouvimos a música, não tivemos dúvida, ela ficou linda! Todo mundo apoiou também! Está todo mundo cantando e é sucesso nos meus shows. Não posso deixar de canta-la em nenhuma apresentação. Quando eu estou com a minha banda, um dos cantores do backing vocal canta a parte do Thalles. Às vezes eu também chamo alguém da plateia pra cantar. Também recebo bilhetinhos de pessoas pedindo para cantar junto comigo no palco e eu chamo também. Essa resposta, receptividade da música é muito bonita. É sucesso também nas rádios. Conseguir estes resultados em apenas nove meses, é fantástico. Na verdade a gente não tinha escolhido esta faixa como a segunda música de trabalho. A primeira a gente sempre tem que escolher de fato, para iniciar a divulgação do CD, mas depois eu gosto de ver o que o povo está gostando, o que as pessoas estão cantando mais, pedindo nas rádios. Neste caso, "A Dracma e o Seu Dono" está repercutindo muito bem.
Apesar de fazer muito sucesso hoje nas rádios (cristãs e seculares), a música pentecostal foi tida durante um tempo como um estilo sem qualquer riqueza musical ou de produção em relação aos clipes, por exemplo. Este quadro está mudado atualmente. O estilo tem ganho o gosto de cada vez mais ouvintes. Como você tem avaliado estas mudanças? Eu fico muito honrada com esta grande aceitação do povo, da mídia. Eu gravei hoje, o programa "Paz e Amor", aqui em Fortaleza e estava lá com a gente o Chiqueirinho [bi-campeão de MMA], que entra no octógono com a canção "Sabor de Mel". Ele se emocionou contando a história dele para mim. Hoje há pessoas de todas as denominações nos ouvindo. Antigamente era só a Assembleia de Deus. Hoje muita gente se abre mesmo e fala: "Eu gosto de música pentecostal". No Fantástico mesmo, jogadores já pediram várias vezes a música "Sabor de Mel" para comemorar os seus gols. Já pediram também "Um Novo Vencedor". Isto é algo revolucionário e eu fico feliz por fazer parte desta mudança, destas quebras de paradigmas que a gente está conquistando. Me alegro em ver a repercussão positiva também do nosso trabalho, daquilo que eu tenho feito com tanto carinho. Críticas sempre vão existir, mas a gente vai quebrando barreiras e conquistando o impossível em Deus. Muita gente vem falar isso para mim, comparando o antes e depois da minha carreira, desde o lançamento da "Sabor de Mel" até hoje e destacam que pessoas que outrora não gostariam do meu estilo, hoje gostam. Eu fico muito feliz com isso tudo, porque é promessa de Deus se cumprindo. Isso não aconteceu da noite para o dia. Eu tenho 16 anos só de gravações, fora aqueles em que corri muito atrás de apoio. São quase 20 anos de estrada, louvando a Deus, orando, renunciando e pagando o preço. A minha dedicação não foi especificamente para alcançar esta repercussão, não foi por status. Sempre foi por amor. Creio que este seja o segredo: fazer o trabalho com amor, zelo, persistência, querendo sempre fazer o melhor. Deus se agrada disso. A Bíblia fala: "Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor". Se você faz a obra do Senhor com esforço, com o melhor que há dentro de você, terá a mão de Deus te ajudando. Mas ninguém chega a lugar nenhum sozinho. Eu conto com o apoio da minha família, da Sony Music, compartilho os meus sonhos ministeriais com o Maurício, com a minha assessoria e logicamente, Deus acima de tudo.
Fonte: Guiame
Um comentário:
Ameiiii entrevista com Damares !!!!
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