O velório de Michele do Carmo de Souza, de 39 anos, irmã do pastor Anderson do Carmo, foi marcado por emoção e tristeza. A despedida aconteceu na tarde desta terça-feira (22), no Cemitério Parque de Nycteroy, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Este é o mesmo local onde o pastor Anderson foi enterrado.
A despedida reuniu familiares como o sobrinho Misael Andrade, filho da deputada Flordelis, e sua esposa, Luana Rangel. Misael preferiu não falar com a imprensa.
Os sobrinhos Luan e Daniel Santos, também filhos de Flordelis e Anderson, estiveram presentes. Amigos e membros da igreja que a família frequentava também foram se despedir.
A ausência mais notada foi da mãe de Michele e Anderson, que, por orientação médica, não pode se despedir da filha.
Michele morreu na noite desta segunda (21) em decorrência de uma anemia. Ela estava internada no Hospital Municipal Carlos Tortelly, em Niterói. Segundo familiares, o assassinato de seu irmão, no dia 16 de junho deste ano, agravou ainda mais sua frágil saúde.
Elenita Silveira, amiga da família, lamentou a morte de Michele e destacou suas qualidades.
– Michele era muito alegre, amorosa, carinhosa com o irmão, com a mãe, e com irmãos da igreja. Ela era sempre expansiva, abraçava a gente, fazia a gente sorrir. Era uma menina que amava muito o irmão e a a mãe – afirmou Elenita.
Elenita também comentou sobre a união de Michele, Anderson e Maria Edna.
– O Anderson era muito carinhoso com a Michele, sempre a acolhia de braços abertos. Nunca deixou de falar palavras de amor e de carinho. Ele sempre tinha uma palavra de conforto, da ânimo. Era uma família muito especial – lembra a amiga.
Com a morte de Michele, dona Maria Edna perde o segundo filho em apenas quatro meses. Apesar das perdas, Elenita destaca a bravura da amiga.
– A Edna é uma mulher guerreira, carinhosa, acolhedora e cordial. É uma mulher simples, humilde, mas de muita sabedoria. Ela tem um legado lindo de amor, assim como o Anderson e a Michele.
O advogado Angelo Maximo, que representa família de Anderson no caso que investiga a morte do pastor, foi taxativo ao dizer que o assassinato do pastor foi determinante para a morte de Michele.
– O desgosto e a espera por resultados das investigações impactaram na morte da Michele. Ele tinha um problema de saúde que se agravou de forma ligeira com a morte do irmão. A sensação de impunidade matou a Michele – disse Maximo.
Ele também afirmou que “foi conversar com Deus” sobre a morte de Anderson.
– Sempre quando a pessoa alvo da investigação é do alto escalão, a investigação empaca. Ao ponto de ser levada ao arquivamento. E eu não espero outra coisa daqui. Foram quatro meses e cinco dias. Do dia 16 junho [assassinato de Anderson] ao dia 21 de outubro [morte de Michele]. Tempo hábil demais para a conclusão das investigações. Michele foi conversar com Deus para ter a certeza. Porque a resposta ela já tinha em terra.
Michele do Carmo deixa a mãe, o marido e três filhos.
Fonte: Pleno.News
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