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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Sérgio Lopes CD "Sérgio Lopes"

Com quase 35 anos de carreira artística, é a primeira vez que Sérgio Lopes lança um projeto com seu nome. É que Sérgio Lopes, de forma geral, se orienta pela mistura popular e poética o qual suas maiores canções são marcadas.Mas seu disco autointitulado também é o reforço de que sua obra mantém-se há anos cristalizada.

Tecnicamente, o novo álbum de Sérgio Lopes é mais enxuto em número e musicalidade, embora pareça ter sido produzido no auge da década de 1990: Os reverbs, backings e principalmente as harmonias não parecem pertencer ao ano de 2019. Até a regravação de Yeshua Ha Mashiach, cujo título bebe da paixão histórica do compositor pelos termos judaicos com elementos eletrônicos, é datada na escolha de seus loops.

Quando Sérgio canta "um mundo que eu não reconheço mais" em Que Mude o Mundo! Eu Não Mudarei, é como se o intérprete bradasse apego a um passado que não voltará e, desta forma, o desconecta do presente. Enquanto isso, uma versão acústica revisitada de O Amigo mostra que o cantor ainda deseja transmitir vitalidade nas regravações, mas a carro-chefe O Ateu parece confiar excessivamente em um encanto natural e extravagante de suas críticas passadas.

Com isso, o registro Sérgio Lopes é tão deslocado da realidade quanto representação cansada da música do cantor. Afinal, se a regra é o amor fixo por seus registros e moldes clássicos, seus trabalhos recentes são desnecessários.

Faixas:
01. Se Apenas Minha Fé Sobreviver
02. Ela
03. Shekyah
04. Que Mude o Mundo! Eu não Mudarei
05. O Ateu
06. Conclusões
07. O Amigo (Acústico)
08. Yeshua Ha Mashiach

Fonte: Super Gospel

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