O agudo e o romantismo que fizeram de Pablo o Rei da Sofrência continuam em dia. Pouco tempo depois de mostrar sua potência vocal e seu repertório renovado, durante a gravação do DVD “Boteco da sofrência”, em Feira de Santana (BA), no último dia 4, o cantor se prepara para a primeira turnê internacional e confessa sentir “sua consagração junto ao público” após olhares de reprovação.
— Já fui muito rejeitado. Diziam que minha carreira era passageira. Mas já tenho mais de 18 anos de profissão estável. No fim do mês, embarco para França, Bélgica, Alemanha, Suíça e Portugal — gaba-se ele, com média de 30 shows mensais e grandes projetos em vista: — Sou evangélico e vou gravar um CD gospel. Só não deixo meu estilo de lado.
Com Roberta Miranda, Marcos e Belutti e Henrique e Diego, Pablo cantou 15 canções em quatro horas de apresentação para a gravação do álbum. No estúdio, o trabalho tem ainda a parceria de Zezé Di Camargo e Luciano, Fernando e Sorocaba, Léo Santana e Mattos Nascimento. Ao todo, são 28 faixas. Em tempos de mulheres no comando, os homens colocaram o desamor para fora.
— Eles estão admitindo que sofrem, e as mulheres, mais duronas, têm o dom de tê-los nas mãos, submissos. Não vivemos sem elas — aposta o cantor, ligeiramente rouco: — Fiquei cantando sem microfone após a gravação e me divertindo com os amigos. Acabei assim. Mas é só descansar que ela volta ao normal. Tenho resistência.
Seu canto, antes restrito ao eixo Norte-Nordeste do Brasil, começou a dominar o território nacional com o arrocha, a “renovação da seresta”, diz ele, em 2015, após o hit “Porque homem não chora”. Com as canções sentimentais, Pablo mudou de vida e bombou a conta.
— Depois de ser dono de Ferrari, Porsche e Lamborghini, tenho consciência de que não devo ter coisas que dão despesas. Penso no futuro.
Fonte:Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário