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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Débora Brasil Convertida Há Nove Anos, Cantora Comenta a Fase Como Dançarina Do É o Tchan, a Mudança Em Sua Vida e o Sonho Em Ter Uma Família

Débora Brasil pode dizer que possui recordações inesquecíveis dos tempos em que era dançarina. Lembrada até hoje como a primeira morena do grupo, a cantora teve a oportunidade de acompanhar de perto o crescimento vertiginoso do É o Tchan, entre 1994 e 1997.

Foi nessa época que a banda deixou de ser um grupo local e passou a ser admirado por todo o Brasil e até em outros países. “Fui para Miami, Porto Rico, Chile, Argentina... A viagem que também me marcou muito foi para o México. Eram lugares que não imaginava que conheceria um dia”, contou.

Depois de ter decidido ser vocalista de uma banda, a Dengo de Mulher, e investir na carreira solo, a cantora encontrou, segundo ela mesma, o que realmente mais gosta de fazer: atuar como missionária da igreja Missão Mundial do Trono de Deus. “Fui curada por Deus de uma tristeza que não sabia o que era. Não estava feliz e completa. Fiz essa aliança com Ele, pude receber essa alegria. Porque não fazer o que gosto, mas para agradecer. Hoje, posso dizer que sou uma mulher feliz e completa”, disse ela, que se converteu há nove anos.

Em bate papo com QUEM, a cantora conta como foi as experiências ao lado do grupo, sua vocação para a fé e o sonho em se casar e ser mãe. Veja:

Você foi uma das pessoas que viu o crescimento do É o Tchan na década de noventa. Como foi acompanhar isso? Me lembro de tudo porque fui a primeira dançarina. Eu conheci os meninos quando o empresário me viu dançando em um dos ensaios da banda, no meio do público. Me convidou para participar de uma reunião vi a proposta e entrei no grupo. Na época já tinha também uma loira chamada Carol, que ficou um ano ou até menos.

Fiquei um bom tempo dançando apenas Jacaré e eu, sem uma loira. Fazíamos os testes e as mulheres não conseguiam acompanhar o ritmo. Só um tempo depois que descobrimos aCarla [Perez], a chamamos no palco e ela entrou. Ela sim tinha energia.

Quando entrei o grupo ainda não tinha aquele sucesso. No começo, viajávamos pelo interior da Bahia, com três shows por noite. Com o passar do tempo que começamos a atingir um público mais elitizado. Nos destacamos dentro do Carnaval de Salvador. O sucesso realmente veio, junto com o interesse das gravadoras e começamos a viajar pelo Brasil.

Foi assim que você pôde conhecer o Brasil? O que marcou foi a primeira viagem que fiz de avião – acho que foi para participar doDomingão do Faustão. Foi o máximo: a grande emoção, ver o grupo crescendo... Sempre gostei de dançar, de cantar, essa coisa de arte e tinha vontade de ter contato com isso. Foi uma grande oportunidade da minha vida. Hoje, eu sei que essa não foi a oportunidade e, sim, o encontro com Jesus. Não conhecia Deus, a Palavra de Deus.

Fui para Miami, Porto Rico, Chile, Argentina... A viagem que também me marcou muito foi para o México. Eram lugares que não imaginava que conheceria um dia. Não penso em sair para morar fora, mas posso viajar para trabalhar. Gosto muito do meu país, assim como Salvador. Enquanto der eu fico.

Quais eram seus sonhos na época?
Queria mesmo era estar na dança, fazer sucesso, continuar trabalhando. Sempre tive o desejo de cantar e fiz isso quando saí do grupo.

Como era o carinho do público? Era muito bom. As pessoas respeitavam o trabalho, gostavam de ir aos shows que lotavam as casas. Na porta dos hotéis, as pessoas sempre tinham muito carinho. Sempre algo muito gostoso. Tinha aquela coisa de fãs se esconder no quarto, no corredor no hotel e querer nos imitar.

Durante esse caminho, você teve um romance com o Beto Jamaica. Como foi a relação e por que acabou?Acabou depois que eu saí do grupo, mas não tenho nenhum problema particular com ele. Por outro lado não tenho muito contato. Acabou porque vimos que não dava certo.

Esse foi um dos motivos que a levou a deixar o grupo? Por quê o deixou?No final, tivemos uma reunião, também com a Carla. Sugeriram a ideia da troca de dançarinos, tanto que eu saí e ela saiu depois. Então, teve Scheila e tal... e foi saindo um a um. Deixar o grupo foi algo que aconteceu e, hoje, vejo que foi no tempo certo. Anos depois, fui convidada para participar do CD de 10 anos do É o Tchan.

Arriscou na carreira solo de Axé. De onde surgiu essa vontade e porque acredita que não deu certo?Fiz uma banda chamada Dengo de Mulher. Fiquei entre 1997 e 1998 e o grupo durou mais um ano. Era um grupo de samba no qual mulheres tocavam e eu cantava. Fazia show, ia para o Carnaval, participava do meio artístico. Saí da banda, fiz carreira solo e tive um encontro com Cristo.

Por quê quis fazer carreira solo?Sempre gostei de cantar, tive a oportunidade de fazer e coloquei isso em prática. A turnê acabou e foi quando eu saí do meio do axé music e fiz o curso internacional missionário. Com a música, levo mensagem de amor, de cura. Continuo cantando.

Como veio a mudança do axé para o gospel?Não foi um estalo, "eu vou fazer" ou aproveitar uma oportunidade. Tive depressão e encontrei a cura em Deus, fui curada por uma tristeza que não sabia o que era. Não estava feliz e completa. Fiz essa aliança com Deus, pude receber essa alegria. Poderia usar o dom e o carinho Dele para fazer as pessoas se sentirem como eu me sentia. A batida dos tambores em louvor a Deus.

Hoje, posso dizer que sou uma mulher feliz e completa. Tenho problemas como todo ser humano tem.

Há 9 anos convertida à igreja Missão Mundial do Trono de Deus, você encontrou uma maneira de aplicar seu talento na música. Como foi esse encontro?Estava trabalhando no meio artístico e participei de um evento no Carnaval. Fiz parte do júri de um concurso e, lá, encontrei com Walter Junior que me convidou para ir à igreja. Falei que tinha aceitado Jesus. Me identifiquei pelo amor, pelo diferencial, pelas pessoas. Fui muito bem recebida, Ele sabe de todas as coisas e como direcionar nossas vidas.


Qual sua função na igreja? Por que você a escolheu?Hoje, canto e sou missionária, que é para pregar a palavra de Deus, ajudar as pessoas de alguma forma dentro da igreja.

Como você compara a sensação de estar com o público nos tempos de É o Tchan e a relação com o público na igreja?Na verdade, eu não comparo. É uma situação diferente porque o artista vai, de alguma forma, ser adorado, receber os aplausos para ele. Agora, estou no palco para adorar a Deus. Meu posicionamento é diferente. Procuro fazer as pessoas olharem para Deus.

Você tem feito cultos além de Salvador? Como tem sido essa agenda?Prego dentro de Salvador, no interior da Bahia. Vou passar seis dias em Pernambuco viajando por várias cidades. As pessoas ainda lembram da Débora Brasil e conhecem minha nova vida, meu novo perfil. Tenho sido muito bem recebida. Faço com todo meu coração e gosto muito mais do que eu faço hoje. É diferente de fazer um show.

De lá para cá você lançou alguns CDs? Quando sai o próximo?
Ainda não, mas vou começar a separar as músicas e vou lançar ano que vem. Já gravei a música O Senhor é o Meu Pastor, na qual canto junto com Ivan Dias.

Com essa agenda como missionária dá para namorar?[risos] Até daria, mas ainda não chegou a pessoa certa. Estou esperando e, quando chegar a hora certa, vai dar tempo para tudo. Quando vem de Deus, ele não nos restringe de nada. Tudo o que for de uma forma com ordem e decência. Ele nos liberta. Não digo que não posso [namorar]. Tudo vai ser no momento certo.

Planeja se casar? Ter filhos?Com certeza, casar, tudo direitinho. E pretendo ter, no máximo, dois filhos. Um já estaria ótimo. Vamos esperar para ver o que Ele quer.

Fonte: Revista Quem

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