Não se sabe praticamente nada da vida ou do status social de Oseias. De acordo com o Livro de Oseias, teria se casado com a prostituta Gômer, filha de Diblaim, por ordem de Deus.
Viveu no Reino do Norte durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel , entre 780 e 725 a.C.. Em Oseias 5:8 existe uma referência às guerras que levaram à captura do reino pelos assírios , ocorrida em torno de 734-732 a.C.; não se sabe ao certo se Oseias teria também vivido a destruição de Samaria que é prevista em Oseias 13:14 .
A vida familiar de Oseias refletia a relação "adúltera" que Israel havia construído com os deuses politeístas. Os nomes de seus filhos lhes transformaram em profecias ambulantes da queda da dinastia dominante e do pacto rompido com Deus - de maneira muito semelhante ao profeta Isaías uma geração mais tarde. Oseias frequentemente é visto como um "profeta do destino", porém sob sua mensagem de destruição está uma promessa de restauração.
O nome "Oséias" quer dizer "salvação". Como freqüentemente acontece nos livros dos profetas, o nome do autor combina perfeitamente com a sua mensagem. Oseias condena os pecados do povo, mas apresenta uma mensagem de esperança e perdão.
Às ordens de Deus, Oséias tomou para si “uma esposa de fornicação e filhos de fornicação”. (Os 1:2) Isto não significa que o profeta se tenha casado com uma prostituta ou com uma mulher imoral que já tivesse filhos ilegítimos. Antes, indica que tal mulher se tornaria adúltera e que teria tais filhos depois de casar-se com o profeta. Oséias casou-se com Gômer, que “lhe deu à luz um filho”, Jezreel. (1:3, 4) Mais tarde Gômer deu à luz uma filha, Lo-Ruama, e, depois, um filho, chamado Lo-Ami, sendo ambos evidentemente frutos de seu adultério, visto que não se faz nenhuma referência pessoal ao profeta com relação aos nascimentos deles. (1:6, 8, 9) Lo-Ruama significa “[Com Ela] Não se Teve Misericórdia”, e o significado de Lo-Ami é “Não Meu Povo”, tais nomes indicando a desaprovação de Deus para com o volúvel Israel. Por outro lado, o nome do primogênito, “Jezreel”, que significa “Deus Semeará”, é aplicado de modo favorável ao povo, numa profecia de restauração.
Após o nascimento desses filhos, Gômer, aparentemente, abandonou Oséias em troca de seus amantes, mas não se diz que o profeta se divorciou dela. Evidentemente, mais tarde ela foi abandonada pelos amantes e caiu na pobreza e na escravidão, pois Oséias 3:1-3 parece indicar que o profeta comprou-a como se fosse escrava e acolheu-a de volta como esposa. Seu relacionamento com Gômer comparava-se ao de Deus com Israel, dispondo-se Deus a acolher de volta seu povo errante, depois que este se arrependeu de seu adultério espiritual. Os 2:16, 19, 20; 3:1-5.
Alguns peritos bíblicos acham que o casamento de Oséias é visionário, um transe, ou um sonho, que nunca se realizou. Contudo, o profeta não disse nem indicou que se tratava de uma visão, ou de um sonho. Outros acham que o casamento é uma alegoria ou parábola. Mas Oséias não usou terminologia simbólica ou figurada ao considerá-lo. Encarar isso como relato do casamento factual de Oséias com Gômer e da volta literal de Gômer ao profeta, dá força e significado à aplicação histórica e factual desses assuntos a Israel. Não distorce o claro relato bíblico, e harmoniza-se com o fato de Deus ter escolhido Israel, com o subseqüente adultério espiritual da nação, e seu retorno a Deus, quando o povo se arrependeu.
Fonte: Wikipédia/Semeando a Palavra - Via:Variedades Gospel Veras
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