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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ESTUDOS BÍBLICOS - COMO DEVEMOS ORAR

"Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará." (Mt 6.6)

Quando Jesus diz para orar no nosso quarto em segredo, Ele não está dizendo que é contra orar em público. E quando oramos em público, na igreja ou em casa, devemos sempre nos lembrar de que falamos para Deus ouvir e não para as pessoas ouvirem. Mas o melhor lugar para as orações íntimas é quando estamos sozinhos. Ali não existem distrações.

Não há ninguém para impressionar, ninguém para julgar se usamos as palavras certas. O único ali é Deus, para quem derramamos nosso coração, dizendo que o amamos, precisamos dele e queremos servi-lo. Jesus diz que nossas orações devem vir do coração. Pois isto é o que Deus quer: nosso coração.

Esse é um dos momentos mais preciosos. Quando estamos na presença do Senhor a sós com ele, podemos sentir o seu amor e abrimos o nosso coração.
Nós sabemos que podemos orar em conjunto, em público, em voz alta, clamar com todas as nossas forças e com todo o coração.

Mais é preciso um encontro com Deus a sós todos os dias. O que Jesus quer é que nós tenhamos um lugar secreto com ele, pode ser em qualquer lugar desde que abra o seu coração para ele.

É nesses momentos que Deus fala conosco quando colocamos os nossos sonhos, as decepções, os medos a ansiedade em suas mãos. Ele conhece todas as coisas e quer agir em nosso favor.

Quanto perdemos por não ter vida de oração, de falar com Deus, de ter intimidade com ele. Não podemos esquecer que “A intimidade do Senhor é para os que o temem aos quais ele fará conhecer a sua aliança.” (Sl 25.14.)

Quando Deus encontra uma pessoa que se torna intima dele com certeza ele revela as maravilhas da sua palavra. Deus promete ser intimo daquele que o teme. E quem o teme ter prazer em falar com Deus, pois faz parte da intimidade.

Ninguém é intimo de alguém sem dialogar, sem conhecer. E pra conhecer precisa conversar. É assim, conversando com Deus e deixando-o falar.

Quanto mais tempo em sua presença muito mais Deus se revelará. “Com certeza o Senhor Deus não fará nada sem antes revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Am 3.7)
Nós precisamos de um tempo sozinhos para derramarmos nosso coração a Deus. Precisamos orar por necessidades pessoais específicas que não possam ser tão facilmente expressas em público. Necessitamos estar sós para pedir que Deus nos ajude com circunstâncias especiais e problemas pessoais em nossas vidas.

Não há melhor ilustração dessa necessidade do que o exemplo de Jesus no Getsêmani. Lucas nos conta que Jesus retirou-se de seus discípulos “cerca de um tiro de pedra” e orou: “E, estando em agonia, orava mais intensamente.

E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra “ (Lc 22:44).

Se nosso Salvador precisou de tempo a sós para orar a seu Pai, podem os homens fracos e pecaminosos esperar vencer a tentação sem apelar a Deus em oração?
Como precisamos aprender a orar mais fervorosamente! Muito freqüentemente, nossas orações em particular são como aquelas que ouvimos pronunciadas em público. Oramos com generalidades.

Oramos durante alguns poucos minutos e então passamos rapidamente a outras coisas.

A oração pública, por natureza, precisa ser mais geral. Por exemplo, quando pedimos perdão de pecados em público, não podemos relacionar os pecados específicos de cada um dos presentes.

Estamos dirigindo o grupo em oração e cada um deve orar junto com o dirigente pelos seus próprios pecados.

Em particular, contudo, cada um precisa sentir o peso de seus pecados e confessá-los diante de Deus, buscando o seu perdão.

Sentenças floreadas e frases feitas que não exigem pensamento e têm pouco significado devem ser evitadas.

O problema das pessoas naqueles dias em que Jesus trazia o seu ensinamento é que a oração deles visava apenas impressionar os homens, ele desejam apenas que os homens reconhecessem seu belo e sofisticado vocabulário, que os homens pudessem ao término destas longas orações, apenas reconhecerem quão brilhante ou espiritual eles eram.

Jesus disse: quando vocês orarem, vocês que são meus discípulos não orem assim, não orem para impressionarem os homens. Mas também é interessante que no v. 7, Jesus disse:

“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios (ou os não-judeus, ou os pagãos neste contexto), que pensam que por muito falarem serão ouvidos.”

Jesus quer dizer: não ore para impressionar a deus. As nossas palavras, o nosso vocabulário, a nossa sofisticação não impressiona a Deus.

Muitos povos antigos e muitos ainda hoje utilizam a repetição de palavras ou frases produzindo uma espécie de auto-hipnose, tentando impressionar a Deus, acreditando que pela sua repetição frenética Deus ficará impressionado com eles, mas isso não pode acontecer.

Um exemplo que temos no antigo testamento de um episódio que um grupo de pessoas fez isto se encontra em I Re 18.26, diz assim:

“E tomaram o bezerro que lhes dera, e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que tinham feito.”

Imagine a cena. Estas pessoas estão ali com um sacrifício para oferecerem ao falso Deus pagão, Baal e eles gritam desde a manhã até o meio-dia a mesma coisa: “Ah! Baal, responde-nos! Ah! Baal, responde-nos!”.

E eles fazem isto de maneira tão frenética que a ultima parte deste versículo nos diz que eles acabaram numa histeria coletiva. O texto diz: saltavam sobre o altar que tinham feito. Todas estas pessoas estão pulando e repetindo a mesma coisa e o texto nos diz: porém, nem havia voz, nem quem respondesse.
Em At 19.34, temos um outro exemplo muito parecido, diz assim:

“Mas quando conheceram que era judeu, todos unanimemente levantaram a voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios.”

Por duas horas repetiam a mesma coisa: Grande é a Diana dos efésios.

O que nós temos nestas duas passagens são repetições vãs, repetições vazias.

E Jesus estava dizendo que os seus discípulos não deveriam ser pessoas que repetem incansavelmente as mesmas palavras, as mesmas frases pensando que Deus, de alguma forma ficará impressionado com isso.

Deus não se impressionará com repetição de palavras. Como orar então? Na seqüência do texto Jesus passa a ensinar os seus discípulos agora considerando positivamente o que deveria ser feito. Então, no v. 6, Jesus diz: ore com intimidade:

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.”

Jesus obviamente não queria dizer aqui que todas as atividades de oração pública deveriam ser restringidas ou deveriam ser canceladas.

Nós temos vários exemplos, especialmente nos primórdios da igreja cristã em que os discípulos oravam juntos.

O que Jesus está dizendo aqui é algo mais profundo, é que as minhas orações não devem ser produto de status social, mas deve ser a realidade de uma vida íntima, profunda com Deus.

Note, Jesus disse: entre no quarto, com aporta fechada; e observe ainda a palavra secreta que repete-se no texto por duas vezes. O texto diz:

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto…”

Quarto aqui, é a palavra utilizada pelo tradutor, mas em outras partes ela pode significar o interior da casa, seria o que algumas pessoas chamam de closet, onde você entra e troca de roupa.
É o lugar em que você pode estar nu, é o lugar em que você pode ser quem você é, sem segredos.

O que Jesus está dizendo que nossa intimidade com Deus é uma intimidade tão profunda que é o lugar em que eu posso ser quem realmente sou.

A oração é o lugar em que você é, nada menos que você mesmo.
É o lugar em que você não precisa mais impressionar ninguém com as suas roupas, com o seu jeito de dizer, com o seu jeito de falar, com a sua postura; a oração é um lugar em que você pode ser quem é.

Ore em secreto, teu Pai te vê em secreto. Jesus está falando de intimidade, intimidade profunda em que eu e você deixamos de fazer como fazem os pagãos que buscam impressionar a Deus com suas palavras rebuscadas.

Nós podemos ser exatamente quem somos com tudo que somos e podemos abrir o coração a Deus.

Então, como orar? Ore com intimidade. Segundo: ore com segurança, v. 8, Jesus diz assim:

“Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.”

Deus, o Pai, conhece todas as nossas necessidades. Aliás, só oramos quando, de fato, confiamos em deus porque nós não gastaríamos tempo com aquilo que não funciona, não gastaríamos tempo com alguém em quem não confiamos, mas note, o texto pressupõe confiança em deus e não no desfecho da oração, ou seja, Deus sabe o que necessito e não me negará aquilo que necessito por outro lado, ele não me dará uma cobra se eu lhe peço um peixe; nem me dará uma pedra se lhe pedir pão.

Assim, se estou pedindo cobra e pedra, continuarei a receber pão e peixe, quando amadurecemos, então nós vamos entender que podemos agradecer a Deus por as chamadas “orações não respondidas”; porque algumas vezes nós estaremos pedindo pedra e cobra e Deus não nos dará nem uma coisa nem outra porque temos a garantia de que o Pai sabe do que temos necessidade e é isso que ele nos dará.
Deus não nos dará para as nossas voracidades, ele nos dará de acordo com as nossas necessidades.

A oração é uma conversa com Deus, mas um conversa extremamente especial, subiam em montes (elevar os pensamentos a Deus, não cair da janela por esta olhando para o mundo), iam em praças (palavras bonitas ou poemas não são nada, Deus não ouve a nossa voz, mas conhece nosso coração), gritavam(sentimentos e emoção são para a carne, Deus vê seu interior), mas Jesus veio nos ensinar a orar.

Os grandes ensinamentos aqui deixados nos leva a agir como Ele, pois Ele é o nosso Líder. Sabemos que somos templo do Espírito Santo, este Espírito habita em nós.

Quando Jesus disse para entramos no quarto, este quarto esta dentro de nós, este quarto é onde descansamos, descansamos no Senhor, temos que achar o Espírito Santo dentro de nós, ir ao mais profundo de nossa mente, subir os mais altos montes para encontrá-lo, fechar as portas para o mundo, isto é, deixar todos os pensamentos para trás e ir ao encontro de Deus.

Orar é abandona-se por alguns instantes, é se transportar as praças celestiais, é dar um grito no silêncio de sua alma Senhor te encontrei.

Orar a Deus é ter intimidade com Ele contar como seu dia seus erros seus acertos, agradecer, engrandecer o nome dEle, não existe um conjunto de regras a seguir, não são palavras repetidas que Deus escuta, que Deus é este que ouve as mesmas coisas?

Deus nos deu um sopro de vida, nós somos renovamos com o Pão da vida, rios de águas fluem de nós, somos adoradores, amamos a Deus em espírito e em verdade; Seja como as crianças para falar com Deus, pois elas são ouvidas, por ser: sinceras, simples em palavras, grandes em pensamentos, elas teme ao Papai do céu.
Orar a Deus é reconhecer-se pequenos diante dEle, dobramos os joelhos simbolizando esta atitude mais bela de um mortal. E Deus inclina-se para nos ouvir, atitude de um único Deus. O nosso Deus é maravilhoso, esta sempre pronto a nos ouvir, não importa o local, não importa a hora, não importa a posição, nada importa, o que importa é orar a todos os momentos e vigiar a chegada que tanto almejamos. Deus ouve, os sussurros dos pecadores. O mais importante de uma oração é aprender a chamar e encontrar a Deus.


Os resultados da oração
Sempre que oramos temos resultados satisfatórios, porque a boca do Senhor Deus disse: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir” (Is 59.1). 

Vejamos alguns exemplos bíblicos de orações que foram respondidas

a) A ousada intercessão de Abraão.
E chegou Abraão dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? Porventura se houver cinqüenta justos na cidade, destruí-los-ás também? …E respondeu Abraão, se porventura houver quarenta e cinco? … E continuou a falar-lhe: e se houver quarenta? …E se trinta? …E se houver vinte? …Não se ire Senhor, falo só mais está vez, e se houver dez? (Gn 18. 23-32).

b) O choro de Ismael. “E consumida toda água do odre, lançou o menino debaixo de uma das árvores, e afastou se a distância de um tiro de arco, porque dizia: Que não veja eu morrer o menino.

E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou. E ouviu Deus a voz do menino, e bradou o Anjo de Deus a Agar desde os céus e disse-lhe: Que tens Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o lugar onde está. Ergue-te, levanta o moço, pega-lhe pela mão, porque dele farei uma grande nação. E abriu-lhe Deus os olhos; e viu um poço de água, e encheu o odre de água, e deu de beber o moço. (Gn 21.15-20).

c) O clamor da mulher Cananéia. Jesus estava na região de Tiro e Sidom, quando de repente apareceu uma Cananéia quer clamou dizendo: “Senhor Filho de Davi, tem misericórdia de mim, porque minha filha está miseravelmente endemoninhada.

E Jesus não disse nada. E os discípulos disseram: despede-a porque vem gritando atrás de nós. Não fui enviado senão as ovelhas da casa de Israel. E chegou ela e o adorou dizendo: Senhor! Socorre-me! E ele disse: não é bom tirar pão dos filhos e deitá-los aos cachorrinhos.

E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. E respondeu Jesus, ó mulher, grande é a tua fé, seja isso feito para contigo, como tu desejas. E na mesma hora sua filha ficou sã” (Mt. 15; 21-28).

Esta é a confiança que temos nele: que se pedimos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve (1 Jo 5.14). Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. (Hb. 4.16).

Autor: Jânio Santos de Oliveira


Fonte: Estudos Gospel

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