Em fevereiro resolveu lançar um projeto diferente na música. Resgatou os clássicos da música cristã congregacional com a participação de cantores de nome no país. “Como cantavam nossos pais” já é um sucesso. Em entrevista à revista Comunhão Arianne contou como foi seu início na música, careira e projetos futuros. Confira!
Você começou a cantar ainda na infância e começou a fazer carreira na adolescência e com incentivo dos pais. O que te fez seguir a música como atividade profissional?Eu sempre soube que queria cantar, apesar da timidez, eu não me via fazendo outra coisa. Depois dos 16 anos, as portas começaram a se abrir e naturalmente fui seguindo o caminho que eu tinha sonhado. Muita gente cooperou para que tudo acontecesse, mas em especial, a Fernanda foi essencial para os primeiros passos.
O seu início musical foi com a Fernanda Brum, inclusive fazendo backing vocal. Acha que a participação da cantora no seu crescimento musical foi importante? O que ela representa para você?Foi extremamente importante, ela era a minha referência ministerial, e também de carreira. Aprendi muito com ela e a considero praticamente uma mãe.
Você enxerga a música como um chamado de Deus na sua vida para levar a mensagem da cruz para outras pessoas? Por que? Chamado de Deus é para amar, isso serve ao cantor, pedreiro ou advogado. Eu acredito que a música é um dom dado por Deus, e também enxergo diferentes dons em outras profissões. A vida é um chamado à diferença, acredito que revelamos Deus muito mais em nosso dia-a-dia do que propriamente falando dele para pessoas nos eventos gospel. Todo cristão que ama a Deus, naturalmente o revelará nas pequenas ações do cotidiano, a responsabilidade é de todos nós.
Com esse tempo já cantando e ministrando sobretudo para a juventude, o que mais te impactou? Na verdade não consigo me lembrar de um episódio específico, mas me sinto realizada e com um peso de responsabilidade por ser referência de alguma forma para a juventude. Cada vez que leio ou escuto algo como: A sua palavra hoje mudou a minha vida, ouvindo sua música eu voltei pra Cristo… eu fico impactada.
Em toda sua carreira você já lançou três álbuns, qual o que mais marcou sua vida, o que te impactou? Por que? Então, na verdade eu lancei 4 álbuns. Mas eu não consigo dizer qual me marcou mais, cada um foi marcante no seu tempo. Quando olho para trás vejo o quanto cada um falou comigo, como eu precisava cantar as coisas que gravei. Fui ministrada por eles em cada época. Por Me Amar, Tempo de Voltar, A Música Da Minha Vida e Outono. Todos foram de extrema importância na minha vida.
Você acaba de lançar um projeto inovador, que é o Releituras, “como cantavam nossos pais”, que une alguns cantores já consagrados no meio gospel, como Priscilla Alcântara. Conte um pouco sobre esse projeto. Foi algo que nasceu do coração? Esse projeto é muito especial para mim, e tive um grande cuidado e carinho com ele. Eu sempre amei as músicas antigas, as memórias que vêm com elas… Cresci num ambiente rodeado por essas músicas, meus pais ouviam muitos desses discos e eu costumava desbravar suas coleções para ouvir o que não conhecia. Cantavam no louvor, solavam, minha tia tinha um culto toda a segunda-feira na sua casa no juramento RJ, onde muitas dessas músicas eram tocadas. Então o respeito que tenho por elas é gigante. Não queria que essas músicas fossem esquecidas com o tempo e o trabalho que tantos homens e mulheres tiveram ficasse no passado. Tive também um cuidado para não modernizá-las demais, mas manter a simplicidade e valorizar as letras tão ricas.
Qual o seu parecer sobre a música tocada nas igrejas hoje, em comparação à época que você quer recordar? No que tange a música congregacional, sem dúvida as letras eram mais cristocêntricas. Não acredito que tudo o que se tem feito na cena gospel hoje em dia seja ruim, vejo uma turma prezando pela qualidade e bom gosto. O que constato com facilidade é uma deterioração do que se pensa no meio evangélico, vemos no que se prega nos cultos, muita coisa rasa e “superespiritual” que reflete também no que se canta. Produzimos muito conteúdo ininteligível, abstrato, com temas desconhecidos por grande parte da sociedade. Sendo assim, a música cristã se torna música de gueto, sem conexão com a cultura vigente. Eu acredito que poderíamos ser mais relevantes na nossa sociedade também através da música.
Qual o seu maior sonho? Entender e cumprir o meu propósito. Não viver de qualquer jeito, mas estar atenta ao que Deus quer e ao que eu devo fazer.
O que o público pode esperar de Arianne para a música gospel de agora em diante? O que vem por aí? Tenho alguns projetos que ainda precisam sair do papel, quero lançar algo novo. Mas daqui a uns dois anos pretendo fazer mais um “Como Cantavam Nossos Pais”. Mas o que o público pode esperar de mim é que eu farei tudo com muito carinho, prezando pela qualidade e a verdade.
Fonte: Revista Comunhão/Arianne Oficial VEVO
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