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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Diabo é Exaltado Por Escola De Samba No Carnaval Do Rio De Janeiro (Assista)

O primeiro dia de desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro começou da maneira que se esperava: cheio de nudismo, sensualidades e exaltação de figuras do mal.

Os fotógrafos da Sapucaí lamentaram a ausência do prefeito evangélico Marcelo Crivella. Imaginavam fazer imagens do prefeito ao lado de carros alegóricos com referência ao diabo (haviam três deste tipo no desfile do Salgueiro).

A escola da zona Norte do Rio levou para a Avenida um enredo sobre a Divina Comédia de Dante Alighieri. Especialmente no início do desfile, o impacto visual dos carros e fantasias foi muito forte. Sem erros, o Salgueiro deverá brigar pelo título, pois os jurados ao que parece gostaram da homenagem ao inimigo.


No total, a Salgueiro tinha 3500 membros, divididos em 34 alas. Na comissão de frente se viam os componentes fantasiados de monstros, incluindo uma “Medusa”.  Já o carro abre-alas mostrou “uma barca para o inferno”.

Na ala Maculelê havia 40 casais simulando sexo sob os cuidados de um demônio. Durante a 1 hora e 11 minutos do desfile, a escola apresentou blocos de foliões vestidos de fantasmas, morcegos e muitos tipos de diabos.

Cada um dos “7 pecados capitais”, foram representados, e aclamados, enquanto se cantava o samba enredo: “toca batuqueiro, dobre o rum aos presentes de orum. Gira, baiana e faz do céu um terreiro. Tinge essa avenida de vermelho. É nossa missão carnavalizar a vida”.

Parte da música:

“ALEGRIA INFERNAL

No “Balancê, Balancê”, a embarcação avança pelas águas assombradas de onde avisto as loucas fantasias dos que se entregam sem temor às garras da folia. São milhares de vozes que ecoam pelos abismos mais profundos, entoando uma ladainha profana, hino de tantos carnavais:”Mas que calor ô-ô-ô-ô-ô-ô”!

Estou em pleno Inferno, ardendo numa incontrolável febre de alegria. No rebuliço dos salões subterrâneos, o Bloco dos Mascarados arma as trincheiras para uma intensa batalha de confetes e serpentinas, libertando as feras que se escondem em cada um de nós.No decorrer do trajeto, vejo uma procissão pagã inundando de beleza a Avenida das Labaredas, onde ressoam alto os clarins pedindo passagem para os “Tenentes do Diabo”.

Numa triunfal aparição, é carregado em glória o Senhor das Profundezas, que uma vez por ano segue a comandar o soberbo desfile das Grandes Sociedades do Além-Túmulo. Nessa euforia aterradora, a ordem do Rei do Mundo Inferior é lavar a alma num irresistível transe coletivo, como se fosse o último Carnaval sobre a face das trevas.Mas sinto que é hora de partir, ainda que atraído pelas fogosas tentações espalhadas no caminho maligno que tanto me seduz. Sigo, então, a minha trajetória. Ainda há muito Carnaval para pular.”

Fonte:Gospel Geral\Gospel Prime

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