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quarta-feira, 27 de julho de 2011

ILUSTRAÇÕES - O Funcionário Murmurador

Em uma grande e conceituada empresa trabalhava o Pedro. Era um funcionário muito sério, bastante dedicado e, acima de tudo, cumpridor de suas obrigações. Tinha já 20 anos de casa e ninguém tinha queixa dele. E, de mais a mais, o Pedro também não era de reclamar.

Certo dia, entretanto, o funcionário, tão exemplar, se sentiu indignado e foi diretamente ao Gerente Geral expor sua questão.

Em um tom um tanto áspero disse:
- Senhor Oscar, tenho trabalhado todos estes anos em sua loja, sempre com muita dedicação, mas agora, sinceramente, eu me sinto injustiçado.

O Gerente Geral, surpreso, tanto com o tom áspero quanto com a declaração de se julgar vítima de uma injustiça, perguntou:
- O que há, Pedro? O que está acontecendo com você? Por que tanta contrariedade?
- É que o Francisco está na empresa há apenas três anos e recebe mais do que eu - respondeu ele.

O Gerente Geral, percebendo os sentimentos do seu funcionário, levando em conta todos os anos de dedicação ao emprego, fingiu não entender e mudou logo de assunto:
- Foi bom você ter vindo aqui, Pedro, pois tenho um problema para você resolver. Estou querendo incorporar uma sobremesa ao cardápio servido ao nosso pessoal. Aqui na esquina tem uma barraca de frutas. Vá até lá e verifique se tem abacaxi.

Pedro saiu para cumprir sua missão, embora não estivesse compreendendo o porquê da ordem recebida. Deu cinco minutos e lá veio o homem de volta.

Perguntou-lhe, então, o Gerente Geral:
- E aí, Pedro? Fez o que lhe pedi? Verificou se na barraquinha vendem abacaxis?
- Verifiquei, conforme o senhor mandou. Tem abacaxi sim.
- E quanto custa? - indagou o Gerente Geral.
- Isso eu não perguntei - foi a resposta.
-Existe alguma outra fruta que eu possa substituir pelo abacaxi ,se quiser? - continuou o patrão.
- Não sei não senhor - respondeu o Pedro.
- Muito bem, Pedro. Sente-se na cadeira, por favor, e me aguarde um pouco - pediu-lhe o Gerente Geral.

Em seguida, pegou o telefone e mandou que lhe chamassem o Francisco, aquele de quem o Pedro havia falado.

Quando o rapaz entrou na sala, o Sr. Oscar contou-lhe a mesma história da sobremesa e pediu que fosse à barraca da esquina verificar se lá eles vendiam abacaxi. Em oito minutos, Francisco estava de volta.
- E então, Francisco? Eles têm abacaxi? - perguntou-lhe o Gerente Geral.
- Sim senhor, e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. E, se o senhor quiser, eles também t~em laranjas e bananas - respondeu prontamente o Francisco.
- E o preço? - quis saber o Sr Oscar.
- Bom, o abacaxi sai por R$ 0,99 a unidade; a banana a R$ 0,35 o quilo e a laranja a R$ 40,00 o cento, já descascada, mas, como eu disse que a quantidade era grande, eles informaram que dariam um desconto de 15%. Caso o senhor resolva comprar mesmo, eu volto lá e confirmo - disse o rapaz.

O Sr. Oscar agradeceu ao Francisco, dispensou-o e se voltou para o Pedro, que estava sentado na cadeira ao lado e, a essa altura, já tinha aprendido a lição.

Um silêncio se fez e o gerente nada teve a dizer, pois o funcionário que entrou reclamando, saiu tendo aprendido uma importante lição.

Essa história me faz lembrar da parábola dos talentos. Quando o patrão voltou para ajustar contas com os seus empregados, aquele que apenas guardou com cuidado o seu talento ouviu o seguinte:

"...Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasse o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado." (Mateus 25.26-29)

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